quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012


Se eu me apaixonar por você
você prometeria ser verdadeira
e me ajudar a entender?
porque eu já me apaixonei antes
e descobri que o amor era mais
que simplesmente segurar as mãos

acontece.


Não faz parte dos meus planos te dar o troco, me vingar, ou se quer te ver passar o que passei. Só se da troco, quando se recebe alguma quantia. Só se vinga, quando existe ódio para impulsionar. Ódio é sentimento, e sentimento por você, eu não tenho nenhum. Mesmo que sejam os piores, eu não os tenho. Dizer que o mundo gira, é redundante. Dizer que a vida ensina, é fato. Te socorrer e te dar abrigo durante o temporal que te ensinará a ser gente de verdade, não está nos meus planos. Então vá! Mas, vá mesmo! Sem olhar para trás! Eu já fui e não voltarei, jamais! Hoje entendo que vida te dará uma lição bem maior do que qualquer coisa que eu viesse planejar. Quando não gosto de algum livro, eu abandono a leitura. Pra que tentar rasgar páginas, reescrever histórias ou mudar o que aconteceu? Descubra o prazer que as outras histórias podem lhe oferecer. Pense, Para todo ponto final existe um novo parágrafo e términos podem ser oportunidades de novos começos. Escolhi me afastar de coisas repetitivas! Quero e espero sempre o novo, que a vida pode me oferecer. Percebi que no amor, o sofrimento é passageiro e que cultivar ódio dentro de mim só fazia mal a mim mesmo. Uma das várias lições que aprendi, foi a de que antes de viver para alguém, preciso viver por mim.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012



Começou de súbito
A festa estava mesmo ótima
Ela procurava um príncipe
Ele procurava a próxima

Ele reparou nos olhos
Ela reparou nas vírgulas
Ele ofereceu-lhe um ácido
E ela achou aquilo o máximo

Os lábios se tocaram ásperos
Em beijos de tirar o fôlego
Tímidos, transaram trôpegos
E ávidos, gozaram rápido
Ele procurava álibisEla flutuava lépidaEle sucumbia ao pânico
E ela descansava lívida
O medo redigiu-se ínfimo
E ele percebeu a dádiva
Declarou-se dela, o súdito
Desenhou-se a história trágicaEle, enfim, dormiu apático
Na noite segredosa e cálida
Ela despertou-se tímida
Feita do desejo, a vítimaFugiu dali tão rápido
Caminhando passos tétricos
Amor em sua mente épico
Transformado em jogo cínico
Para ele, uma transa típicaO amor em seu formato mínimo
O corpo se expressando clínico
Da triste solidão, a rúbrica ..
skank

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Não me façam feliz. Por favor, não me saciem nem me deixem pensar que alguma coisa boa pode sair disso. Olhem para meus machucados.
Olhem para este arranhão. Estão vendo o arranhão dentro de mim? Estão vendo ele crescer bem diante dos seus olhos, me corroendo? Não quero ter esperança de mais nada.

A menina que roubava livros

A menina que roubava livros

'Olhou para o rosto sem vida, e então beijou a boca do seu melhor amigo, Rudy Steiner, com suavidade e verdade. Ele tinha um gosto poeirento e adocicado. Um gosto de arrependimento á sombra do arvoredo e na penumbra de coleçao de ternos do anarquista. Liesel o beijou demoradamente, suavimente, e, quando se afastou, toucou-lhe a boca com os dedos.'

sábado, 18 de fevereiro de 2012

):

Você foi embora e nem telefonou
Tão indiferente...
Se foi pra terminar por que que começou?
Tinha de ser pra sempre!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

tô mudando

Mudando de casa , mudando de habitat , mudando de vida !
mudar assusta ? mudar , em mim , me faz sentir borboletas na barriga . Mudar-se para uma vida nova é como pular uma cerca sem saber o que vai encontrar do outro lado .
Mudar é estranho..
Uma coisa épica na mudança é que você só deve levar para o outro lado da cerca as coisas importantes , coisas inúteis devem permanecer onde estão .  Isso ajuda na organização mas principalmente ajuda no adaptação ao novo ambiente , levar coisas antigas .... como dizer , só atrapalham !
Atrapalham porque nós prendem , coisa antigas não vem sozinhas , elas escondem velhos hábitos , velhos vícios que só atrasam nossa vida , por isso leve estreitamente o necessário !
Vai parecer estranho no começo mas acredite você já conseguiu viver sem essa coisa , ou pessoa , que ficou do outro lado da cerca , é difícil a adaptação porém não impossível .. acredite em mim .

Raísa Dias

domingo, 12 de fevereiro de 2012

aê galeraaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

Oi gente (:
Pra quem não sabe eu comecei a uma semana a minha graduação e mal to tendo tempo pra me alimentar durante a semana , logo meu nível de frequência aqui no blog vai cair muito . Não  é proposital .
Estudo , com exceção de quarta , de 8 horas a 16 não dá tempo nem pra entrar aqui , é triste mas é a vida !
Mas mesmo estando sem tempo pra algumas coisas eu estou muito feliz , to amando a minha faculdade . É muito puxado mas era tudo o que eu sempre quis fazer na minha vida , não me vejo fazendo outro curso sem ser Médica Veterinária .
Enfim , finais de semana eu vou sempre tentar postar aqui ,
com carinho , Raísa Dias

acontece..

Um convite para um almoço a dois me faz perder o sono , me faz sonhar acordada  e relembrar momentos vividos a tempos atras.
Aceito ou recuso ? vou ou não vou ?
Aceitar me deu um frio na barriga mas foi isso que eu fiz. Isso que vou dizer vai soar com 'maligno' porém culpa não senti . Afinal , nada me prende , nada nunca me prendeu e não me sinto presa nesse exato momento . Gosto das coisas preto no branco , tudo bem resolvido e oficializado.
A palavra ' almoço' poderia ser substituída sem alteração no sentindo por 'segunda chance' . Não tenho problemas com segundas chances e posso afirmar que raramente me arrependo das atitudes que tomo.
Se eu me arrepender , okay , vou me arrepender de algo que eu queria fazer naquele momento e não vou sofrer por aquilo que eu poderia ter feito , poderia ter sentindo , poderia ter amado.
As oportunidades não vão aparecer sempre , por isso agarro as poucas que tenho.
                                                                                                                           Raísa Dias

o amor acaba - Paulo Campos

  O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova York; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.



sábado, 4 de fevereiro de 2012

meu infinito particular

- não gosto de mulheres chatas 
- haha , você ainda vai namorar uma mulher muito chata , praga de bruxa !
- Não.
- Como assim ?
- Acabou .
- Acabou o que ?!
- Acabou aqui , depois de você não quero mais nenhuma . Agora você é minha mulher pra sempre 

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O amor bom é facinho


'Há conversas que nunca terminam e dúvidas que jamais desaparecem.Sobre a melhor maneira de iniciar uma relação  , por exemplo . Muita gente acredita que aquilo que se ganha com facilidade com facilidade se perde do mesmo jeito.
Acham que as relações que exigem esforço têm mais valor. Mulheres difíceis de conquistar, homens difíceis de manter, namoros que dão trabalho - esses tendem a ser mais importantes e duradouros. Mas será verdade? 

Eu suspeito que não. 

Acho que somos ensinados a subestimar quem gosta de nós. Se a garota na mesa ao lado sorri em nossa direção, começamos a reparar nos seus defeitos. Se a pessoa fosse realmente bacana não me daria bola assim de graça. Se ela não resiste aos meus escassos encantos é uma mulher fácil – e mulheres fáceis não valem nada, certo? O nome disso, damas e cavalheiros, é baixa auto-estima: não entro em clube que me queira como sócio. É engraçado, mas dói. 

Também somos educados para o sacrifício. Aquilo que ganhamos sem suor não tem valor. Somos uma sociedade de lutadores, não somos? Temos de nos esforçar para obter recompensas. As coisas que realmente valem a pena são obtidas à duras penas. E por aí vai. De tanto ouvir essa conversa - na escola, no esporte, no escritório - levamos seus pressupostos para a vida afetiva. Acabamos acreditando que também no terreno do afeto deveríamos ser capazes de lutar, sofrer e triunfar. Precisamos de conquistas épicas para contar no jantar de domingo. Se for fácil demais, não vale. Amor assim não tem graça, diz um amigo meu. Será mesmo? 

Minha experiência sugere o contrário. 

Desde a adolescência, e no transcorrer da vida adulta, todas as mulheres importantes me caíram do céu. A moça que vomitou no meu pé na festa do centro acadêmico e me levou para dormir na sala da casa dela. Casamos. A garota de olhos tristes que eu conheci na porta do cinema e meia hora depois tomava o meu sorvete. Quase casamos? A mulher cujo nome eu perguntei na lanchonete do trabalho e 24 horas depois me chamou para uma festa. A menina do interior que resolveu dançar comigo num impulso. Nenhuma delas foi seduzida, conquistada ou convencida a gostar de mim. Elas tomaram a iniciativa – ou retribuíram sem hesitar a atenção que eu dei a elas. 

Toda vez que eu insisti com quem não estava interessada deu errado. Toda vez que tentei escalar o muro da indiferença foi inútil. Ou descobri que do outro lado não havia nada. Na minha experiência, amor é um território em que coragem e a iniciativa são premiadas, mas empenho, persistência e determinação nunca trouxeram resultado. 

Relato essa experiência para discutir uma questão que me parece da maior gravidade: o quanto deveríamos insistir em obter a atenção de uma pessoa que não parece retribuir os nossos sentimos? 

Quem está emocionalmente disponível lida com esse tipo de dilema o tempo todo. Você conhece a figura, acha bacana, liga uns dias depois e ela não atende e nem liga de volta. O que fazer? Você sai com a pessoa, acha ela o máximo, tenta um segundo encontro e ela reluta em marcar a data. Como proceder a partir daí? Você começou uma relação, está se apaixonando, mas a outra parte, um belo dia, deixa de retornar seus telefonemas. O que se faz? Você está apaixonado ou apaixonada, levou um pé na bunda e mal consegue respirar. É o caso de tentar reconquistar ou seria melhor proteger-se e ajudar o sentimento a morrer? 

Todas essas situações conduzem à mesma escolha: insistir ou desistir? 

Quem acha que o amor é um campo de batalha geralmente opta pela insistência. Quem acha que ele é uma ocorrência espontânea tende a escolher a desistência (embora isso pareça feio). Na prática, como não temos 100% de certeza sobre as coisas, e como não nos controlamos 100%, oscilamos entre uma e outra posição, ao sabor das circunstâncias e do tamanho do envolvimento. Mas a maioria de nós, mesmo de forma inconsciente, traça um limite para o quanto se empenhar (ou rastejar) num caso desses. Quem não tem limites sofre além da conta – e frequentemente faz papel de bobo, com resultados pífios. 

Uma das minhas teorias favoritas é que mesmo que a pessoa ceda a um assédio longo e custoso a relação estará envenenada. Pela simples razão de que ninguém é esnobado por muito tempo ou de forma muito ostensiva sem desenvolver ressentimentos. E ressentimentos não se dissipam. Eles ficam e cobram um preço. Cedo ou tarde a conta chega. E o tipo de personalidade que insiste demais numa conquista pode estar movida por motivos errados: o interesse é pela pessoa ou pela dificuldade? É um caso de amor ou de amor próprio? 

Ser amado de graça, por outro lado, não tem preço. É a homenagem mais bacana que uma pessoa pode nos fazer. Você está ali, na vida (no trabalho, na balada, nas férias, no churrasco, na casa do amigo) e a pessoa simplesmente gosta de você. Ou você se aproxima com uma conversa fiada e ela recebe esse gesto de braços abertos. O que pode ser melhor do que isso? O que pode ser melhor do que ser gostado por aquilo que se é – sem truques, sem jogos de sedução, sem premeditações? Neste momento eu não consigo me lembrar de nada. '